quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Estrada

Peguei aquela estrada. E o sol caindo iluminava o caminho.
Não tinha direção, apenas continuava.
Sentia tudo. A luz que ao encostar-se à minha pele só fazia arrepiar.
O gosto de uma liberdade desconhecida. Sentia a brisa beijar meu rosto.
Só queria continuar e continuar...
O vento vinha contra minha partida. Refrescava meus pensamentos. Meus olhares não desviavam de nada. Eram leves e cheios de ternura.
Meu coração levitava, enquanto cantarolava alguma música.
Parei. Encontrei um lindo retrato do sol iluminando as cores da estação. O vento vinha mais forte e me fazia acreditar em tudo.
Sempre busquei por essas sensações. Me trazem tranqüilidade e paz. Pena que só as encontro nos meus pensamentos e sonhos.
Por isso, fecho os olhos e continuo cantando...

7/02/11

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Ilusões Lúcidas

Gosto dessas ilusões. São atraentes, encantadoras. Às vezes me perco nelas.
Sei de quando fazemos ilusões dentro de nós mesmos para tentarmos suprir alguma vontade ou algum sentimento.
Ilusões que levam à imaginação. E nos abrigamos dentro delas pra tentarmos nos sentir confortáveis.
Confirmamos a nossa loucura, nosso desejo pelo que não conhecemos e pelo que não existe.
Sonhamos, sussurramos à nós mesmos que não é real.
Idealizamos pessoas, e até mesmo futuros. E nos prendemos a eles.
Nos prendemos por vontade, depois, nos sentimos prisioneiros.
Daí vem o desespero. Porque se acordarmos dessas ilusões veremos o vazio e ainda ficaremos com a esperança de alguma parte se tornar verdadeira. Se não acordamos, ainda teremos o vazio, mas não a lucidez.
Sem a lucidez tudo fica mais fácil, mais íntegro e sincero.
Chego à conclusão de que, desejo intensamente ter a minha ilusão do mundo, das pessoas e dos amores. Mas as quero pela verdade, pelo errado até encontrar o certo.
Quero tê-las, mas que eu possa sair delas quando não estiver mais agüentando ou quando me for preciso.
Então, peço... : Por favor, deixem-me sair!