segunda-feira, 11 de julho de 2011

Não vou esquecer

Vivemos de nossas lembranças, dos sentimentos e das sensações. Podemos perder tudo, mas aquelas já ditas permanecem.

A pior doença é a do esquecimento, seja por vontade ou involuntariamente. Esquecer é deixar tudo já vivido para trás, fora da vida.

Se esquecem do rosto, dos momentos, da felicidade, dos anseios. Se esquecem ainda, dos amores, dos filhos, netos. E bem lá no fundo, sabe que esqueceu o que não queria esquecer.

Está em algum lugar, em um único olhar, mesmo que perdido.
Está no último suspiro.

Está agora melhor, porque reencontrou a clareza da vida. E porque, enfim, jamais será esquecido.

28/07/11

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Sem direção

Quando fui por aquele caminho não pensei que iria chegar a esse ponto.
Na verdade, eu nem sabia o que eu estava fazendo. Foi tudo muito rápido, e eu nem dou mais importância se me faz mal ou não.
Acho que menti tanto, que acreditei e ainda acredito.
Machuquei tanto, contei várias histórias para livrar do meu pensamento o que era verdadeiro.
Fui o tipo de coração rebelde, que teimava em contrariar tudo o que “eu” escutava.
Claro, não sou do tipo racional. E nem teria como ser.
Mas o que aconteceu na verdade, todos fazem igual. Criam tudo certinho, todas as falas, todos os sentimentos e então.... Eis, que surge a realidade!
Vi como tudo realmente era. Mas, mesmo assim insisti por um longo tempo.
Agora, eu nem sei mais o que eu faço, se bato por bater, se paro por chorar. Na verdade, às vezes nem me importo com essas opções.
A história não foi de todo mal, eu sei que vou fazer isso ainda muitas vezes, e dependendo do momento até que é divertido, faz bem.
E pensando bem até, no fim eu sempre vou ser o “rebelde”, que insiste e se joga. Então é melhor viver assim, dedicando aos pouquinhos à solidão, à paixão, à tristeza, à felicidade e todos os sentimentos que aqui abrigo. E continuo batendo naquele mesmo ritmo frenético e instável.


26/04/11

sábado, 2 de julho de 2011

Não publiquei Junho

Não publiquei junho.
Não esqueci de você.
Não aprendi a dizer não.
Não gosto do descaso.
Não gosto da solidão.
Não publiquei junho.
Não fui ao jogo.
Não falei que amava alguém.
Não senti as palavras no meu coração.
Não senti vontade de escrever.
Não publiquei em junho.


01/07/2011